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Conheceu Carmita na J.A.C.. Chegou a ir com a Carmita de comboio ao Faralhão, Praias do Sado participar em reuniões animadas pela Carmita. Gostava muito da forma como Carmita falava do Evangelho. 

 

Cunhada. Casada com NUNO ANTUNES DE MATOS FORTUNA irmão da Carmita

Conviveu muito com a Carmita dada a proximidade em que viviam, na mesma Aldeia, e depois de ter casado com o irmão as suas residências eram muito próximas. Ajudou-a muito a criar os filhos que a Carmita foi adoptando, Quando casou o Evaristo (o mais velho) tinha 3 meses. Depois da morte da Carmita, ou melhor, quando ela adoeceu gravemente, ficou na sua casa com o Fernandinho, que ficou até casar.

A sogra vivia com a Carmita. Viveu sempre as dores que a Carmita suportou ao criar os filhos (sobretudo o mais velho) que lhe deram muitas preocupações a vários níveis. Uma vez que casou com o irmão Nuno, e como disse eram vizinhas, teve como é de calcular muito convívio com a Carmita, que foi madrinha da sua filha mais velha, Redenção (São). Na casa da sogra todos os dias ao serão toda a família, irmãos, cunhados, sobrinhos rezavam o Terço. A Carmita procurava dar aos filhos a melhor educação que lhe era possível como mãe, fazendo também as vezes de pai. Procurou que os filhos recebessem a educação cristã, catequeses e frequentassem o CNE. A Carmita, neste capítulo fez um grupo com os sobrinhos e os amigos dos sobrinhos que se chamou os Vagabundos da Montanha, com um nome de bicho e que procurava dar espiritualidade cristã e valores cívicos. Carmita foi uma grande entusiasta das idas para a Serra da Estrela, onde, a família e os amigos mais chegados, passavam uma semana de férias, e todos acabavam por aproveitar da Carmita muitas lições de vida, sobretudo a importância da coisas pequenas que fazem grande a Vida. Fazia-se um jornal, onde os protagonistas apareciam nos artigos os nomes dos "bichos". 

Participou num Cursilho em que a Carmita já fazia parte da equipa responsável e que num dos "rollos" se apresentavam assim: "Sou mãe solteira, um de cada pai", causando grande burburinho entre os participantes. Só depois de conhecerem a vida de Carmita, as participantes caiam em si e percebiam aquela frase. Carmita estava sempre com bom humor apesar da dores da doença que a acometeu bem cedo e das preocupações em criar os seis filhos que adoptou. Recorda-se que foi a Carmita, numa altura em que as campanhas de dádivas benévolas de sangue eram pouquíssimos, quem iniciou a dádiva benévola de sangue na Quinta do Anjo porque se apercebeu que precisando de sangue para ser operada havia doentes no IPO que não tinham sangue e não tinham quem lhes desse. Então, a Carmita recusou-se a ser operada enquanto não houvesse sangue para todos. Foi então que com a ajuda do irmão António (Dr. António de Matos Fortuna "Tio Tóino") começou a organizar-se a Dádiva de Sangue na Casa do Povo. Mais, tarde passou para a Paróquia, sendo o primeiro dador durante muitos anos o primeiro Bispo da Diocese de Setúbal, D. Manuel Martins. 

A Carmita rezava falando com Deus num diálogo muitas vezes em voz alta, agradecendo os acontecimentos do dia. Além disso, a Carmita era de missa dominical, e rezava o Terço todos os dias com os irmãos como se disse. Fazia tomando apontamentos o seu exame de consciência diário.

Do que disse anteriormente parece que resulta evidente que o que viu fazer à cunhada Carmita só o fez pelo grande amor que tinha a Deus, ao próximo e à Igreja. Carmita sempre se preocupou com o bem dos outros, sobretudo ,com os filhos que criou esquecendo-se de si própria. Para ela estava sempre tudo bem, mesmo sabendo no seu íntimo que não estava oferecendo penas e dores ao Senhor num louvor à Vida.

Acho que sim, que há. Para mim, é uma santa a quem peço muitas vezes a intercessão.

Acha que recebeu favores da Carmita por ter pedido a sua intercessão, na unidade da sua família.

Sim.

Porque acha que o testemunho de vida da Carmita pode ajudar muitos a procurarem ser tão bons como ela.